segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

'vox populi' | tem lugar a voz do adepto [I/II]





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A exibição foi o costume, quanto baste para adversários desta valia - um Setúbal mauzinho demais no Dragão, valendo então os 3 grandes golos marcados (2 de inspiração individual e outro num bom envolvimento colectivo). Para a Liga, vindos de uma derrota merecida na Luz, com uma “chuvada” de golos a meio da semana para a Taça da Liga, hoje poderia ter sido reclamada nova goleada, não fosse, mais uma vez, um jogo lento, sem grande critério quase na totalidade do encontro... mais gritante nos últimos 45 minutos.

Boa entrada do FC Porto no jogo procurando, desde cedo, chegar à vantagem. E conseguiu-o à passagem dos 11’ numa combinação pelo corredor esquerdo, óptimo cruzamento de Alex Sandro a solicitar Quaresma ao 2º poste, remate de 1ª desviado para os pés de Jackson e este último só teve de empurrar para o 1-0 na partida. Estava feito o mais difícil, pois a ansiedade após más exibições e sabendo de antemão os resultados dos rivais estávamos obrigados a vencer para nos mantermos perto da liderança. 


Após o golo mais 10 minutos com qualidade, boa posse de bola, tentando envolver muita gente no ataque com os principais dinamizadores do jogo ofensivo a serem Carlos Eduardo e Ricardo Quaresma que algumas vezes exagerou, mas conseguiu entusiasmar o público. Após esse período o jogo do FC Porto voltou ao que tem sido mais regular esta época: jogo lento, com poucas ideias, a viver de individualidades que nem sempre funcionam e acima de tudo pachorrento, aborrecido.[...] Esperava-se mais e melhor para os últimos 45 minutos por vários motivos: o marcador estava tranquilizador, os últimos tempos não têm sido fáceis, e uma goleada e demonstração da força do Dragão seriam bem-vindas pelos adeptos. Incrivelmente a nada disso assistimos, muito pelo contrário. Digo que a 2ª parte foi ridícula, aborrecida, demasiado lenta para o mínimo exigível naquela casa e neste Clube.


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Enquanto andarmos a tentar fazer crer que com a equipa está tudo bem e que o “Mundo” é que está contra nós, dificilmente vamos melhorar e evoluir, até porque a consciência interna é a de fazer passar a tudo e todos que o problema não é nosso. 

Para sermos melhores e mais fortes devemos reconhecer os nossos erros, na altura certa, no momento certo... Na minha opinião isso não aconteceu esta semana!

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Pedro Telesin bibó FC Porto, car@go! (2014-01-19)


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Frente a um Vitória fraquinho, dos piores que já vi (e vi muitos), o FC Porto entrou bem, chegou cedo à vantagem e, com o mais difícil conseguido, esperava-se que o tricampeão aproveitasse esse factor positivo, a moral que um golo sempre traz, para embalar para um exibição de qualidade, uma exibição que entusiasmasse os adeptos e desse confiança para o Futuro. Mas não foi assim. Está visto que isso é pedir muito a este FC Porto "de" Paulo Fonseca. E, se depois do 1-0 o ritmo baixou, quando e sem fazer muito por isso a equipa conseguiu dois golos de vantagem, (Varela contra o mundo), foi pior ainda. Da segunda-parte, tirando o golão de Carlos Eduardo e um ou outro momento de algum 'frisson', sempre fruto de lances individuais, pouco ou nada mais há para dizer.

Assim e como conclusão, importa dizer o seguinte: 

Esta equipa não funciona como equipa, não é organizada, tem pouco método, consistência, não tem processos simples e consolidados. Esta equipa é um conjunto de individualidades, em que parece que cada um tem rédea solta para fazer o que quer. Ele são toques e toquezinhos, fintas e fintinhas, eu complico mais do que tu; as coisas não saem de forma natural, mas atabalhoada. E como o treinador, pelos vistos, fica contente, entusiasma-se com pouco... "siga a marinha". É a chamada "gestão inteligente".

Como disse, foi uma vitória justíssima, mas falta 'salero' ao futebol dFC Porto. Se não fossem as claques seriam 45 minutos de autêntico bocejo. Estes jogadores têm capacidade para jogar muito melhor; mas quando a exigência não é muita, principalmente da parte de quem devia ser um eterno insatisfeito...


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dragão Vila Poucain dragão até à morte (2014-01-19)



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E ela, como toda a gente sabe, era muito mais burra do que eu, portanto não me foi nada difícil conquistar-te. Tu sabias ao que vinhas: eu já não sou a mesma pessoa que há três anos. Já não estou à espera de um grande amor, mas também já não estou de coração partido. Sou uma mulher mais madura, não me deixo apaixonar por qualquer ruivinho que aparece e já não acredito em contos de fadas. Só quero um homem que me trate bem, que me dê a mão na rua, que me aqueça a cama no inverno, sabes?


Não peço muito em troca. Só preciso de ganhar, ganhar, ganhar. Escusamos de ter a posse de bola do Barça de Guardiola ou de fazer uma jogada como o último golo do Messi. Não estou à espera de muito, porque não me quero magoar. Mas tu nem isso me estás a dar. Pareces cada vez mais distante, como se estivesses condenado a aturar-me. Às vezes até parece que não gostas de mim. Porquê, Paulo, porquê? O que se passa contigo? Não podes ter deixado de ser um bom partido assim tão depressa. Ou será que nunca foste? Será que me enganei?

É verdade que a nossa relação não está perdida, mas eu preciso de um tempo para pensar. 
O problema – espero - não és tu, sou eu. Sou eu que, ainda agora na luz, gritei "amo-te!" mais alto do que todos os vermelhos que lá estavam e, mesmo assim, levei com a tua indiferença, com a tua incompetência, com a tua falta de vontade em estar comigo. Senti-me como uma daquelas mulheres que chega a casa do trabalho, arruma tudo num instante, faz o jantar preferido do marido e veste a sua lingerie mais sexy, mas, quando ele chega, vai directo para a cama e não usufrui de nada.

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C.in lá em casa mando eu (2014-01-19)


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entrámos fortes e dominadores a arrumamos com o jogo rapidamente afastando qualquer pressão que pudesse vir a existir. Mérito de Paulo Fonseca, dos jogadores e de Pinto da Costa que a meio da semana fez questão de desviar astutamente as atenções e críticas para ele.

A exibição foi boa, os jogadores pareceram praticar um futebol mais alegre (que grandes golos foram marcados e ficaram por marcar!) mas a equipa continua a denotar fragilidades e o duplo pivot continua a não convencer ninguém, excepto a equipa técnica.


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Bruno Netoin mística do dragão (2014-01-20)


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Sem nota artística, mas com um futebol agradável, FC Porto brindou-nos ainda no primeiro tempo com um golo a fazer lembrar aquele que o Ballon D'Or marcou em Sevilha, este Sábado. Trabalho individual fenomenal de Varela e um tiro indefensável de pé esquerdo de fora da área a cento e tal quilómetros por hora, batendo o guarda redes polaco sem apelo nem agravo.

Na segunda parte, porém, FC Porto baixou o ritmo (a quantidade de "estupidezes" que os jogadores cometeram nos primeiros 3 minutos da etapa complementar foram um claro indício do que se iria passar...) e limitou-se a trocar bola sem qualquer objectividade. Foi pena, uma vez que os sadinos estavam completamente perdidos em campo. Desaproveitámos mais de uma mão cheia de jogadas de ataque em que estávamos em vantagem ou em igualdade numérica no ultimo terço do campo, e não chegámos a um resultado folgado por termos sido displicentes. E que bem que nos teria feito um resultado gordo, uns 6-0 ou 7-0; teriam sido um verdadeiro 'boost' para a nossa confiança. [...]


Resumindo, fomos uns justos vencedores, realizámos uma exibição q.b. contra um adversário fraco. Vi alguns sinais que indiciam melhorias, mas que precisam de confirmação nos próximos jogos. Vi, também, alguns dos problemas que têm sido detectados desde os primeiros jogos desta época, mas tentarei focar-me nos aspectos positivos nos próximos tempos.


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Tiago Stuve Figueiredoin o pé que está mais à mão (2014-01-20)


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Jogar com onze dá sempre jeito e se esse décimo primeiro jogador se chamar Quaresma é muito provável que o jogo do FC Porto seja mais agressivo, mais contundente, mais letal. Depois, ter um Fernando que imprime ao nosso jogo uma rotação sempre alta e um Varela que decide mostrar que tem qualidade dá muito jeito. Uma vitória tranquila, com boa dinâmica geral e alguns exageros individuais (Kelvin, Kelvin...).

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guardabelin poBo do Norte (2014-01-19)


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A falta de vontade de fazer mais e melhor.
Aquela primeira meia-hora da segunda parte foi terrível
: imensos passes falhados, jogadas sem imaginação, pontapés para a frente e uma deficiente capacidade de trocar a bola no meio-campo adversário, sem conseguir progressão no terreno sem ser pelo envio da bola pelo ar para Jackson que, sozinho, estava mais complicadinho do que o costume e perdia bola após bola.
Fico deprimido quando vejo que basta ao adversário subir um pouco no terreno e pressionar os centrais e um dos laterais…e logo se começam a acumular erros por falta de confiança e por uma absurda incapacidade de manter a calma. É verdade que falta muito apoio dos médios e dos extremos (quem
?) que não descaem para criar linhas de passe e se mantêm estáticos à espera que o jogo seja movimentado pelo ar, ou em lateralizações de cinquenta metros. Coisas fáceis, portanto. Dá trabalho jogar bem, não dá? Parece que sim. E é exactamente isso que deixa os adeptos entediados com estas semi-exibições...


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Jorgein porta 19 (2014-01-19)


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Ontem, a meio do jogo, Kelvin rendeu Quaresma, os médios tiveram substituições directas (Lucho por Josué e Carlos Eduardo, logo após o seu golo de primeira, rendido por Quintero) sem mexer em posições e funções. E a coisa pareceu cristaliana como água, ainda que se percebessem muitos pontos turvos no correr do jogo pelos vírus induzidos no sistema. 

É estafante ver "isto", que durante meses se foi perdendo, entre maus jogos, péssimo e desorganizado futebol, abébias aos adversários em que qualquer meco fazia a vida negra, além de pontos perdidos miseravelmente.

O que se viu, no reencontro com o Vitória de Setúbal, porém, não foi nada brilhante, porque enquanto o "Preocupações Fonseca" andou, como disse, a "aprender" (mesmo assim com atraso, desastrado e farto de dar "chumbos" nos pés e na cabeça dos adeptos impacientes com tanta estupidez superiormente admitida), a equipa desaprendeu. [...]

Para já é isto, que nos traz o sabor amargo de tempos infindos de desatino do "destreinador". Há duas semanas, em jogos com o Marítimo, que são duas finais, para afinar a coisa - se é que o "Produções Fictícias" não inventa um filme qualquer e manda de novo Otamendi para o campo e Maicon para o banco. Nunca se sabe... Os adeptos devem tremer pela dúvida existencial de um tipo que viveu estes meses à custa do sofrimento da bancada e do apodrecimento criminoso da equipa em campo. Não sei se o patético treinador voltou a dizer, após o jogo, que não foi nada disto que se viu e ele é que sabe e tem razão... Do "Preocupações Fonseca" nada me interessa, da equipa interessa-me tudo; e infelizmente está entregue a um inepto que foi desastrado a desarmá-la, e vamos ver se consegue montar tudo direitinho outra vez. 


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Zé Luísin portistas de bancada (2014-01-20)


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Com o golo da tranquilidade (e que golo!) alcançado, por Silvestre Varela, a cerca de uma hora do final do jogo; com um trio de ataque azul-e-branco inspirado e uma defesa cor de laranja atarantada (ficou ainda pior depois da lesão de Javier Cohene), pensei que o resultado só ia parar nos cinco ou seis a zero.
Assim não aconteceu essencialmente porque os jogadores dFC Porto não quiseram. Abrandaram, reduziram a intensidade, diminuíram o número de metros percorridos (nenhum jogador dFC Porto atingiu os 9 quilómetros percorridos) e passaram a "gerir" tranquilamente o jogo. 

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José Correiain reflexão portista (2014-01-19)


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Este FC Porto é um eterno "estaleiro de obras".
Voltámos a ter Mangala e Maicon na dupla de centrais. Será para ficar? Na verdade, não se sabe.
À frente parece que finalmente a coisa assentou. [...] Tanto se variou, tanto se inventou e, no fim, a verdade veio ao de cima: extremos abertos e acutilantes, a cumprir as "asas" de um 4-3-3 à Porto".
No meio-campo as obras prosseguem. Sem fim à vista. A insistência no 'duplo pivôt' vai queimando almas. [...] Três experiências "a dez", três experiências "a oito". Tudo em quinze minutos e sem contar com Defour e Herrera... É um "estaleiro de obras" o que, sendo o coração da equipa e já com Fevereiro à vista, é um tanto ou quanto dramático.
Vou dar uma de Freitas Lobo: sempre que olho para o meio-campo dFC Porto, na sua metamorfose constante, lembro-me daquele sinal amarelo de trânsito com o homem de pá na mão, junto ao monte de terra. o efeito é um pouco o mesmo: tudo abranda (para a frente e para trás).

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breogánin tribuna portista (2014-01-20)


[ continua ]



2 comentários:

  1. Caríssimo, parece que depois da alternadeira temos o treinador alternadeiro, bipolar, sem sabermos com o que podemos contar. :):):) De resto, há gente que se não percebeu até agora, não perceberá nunca: são os que se ufanam (e são portistas) nas vitórias, sem saber o que dizer (muitas vezes mal, desfocado) nas horas más.

    Se é nas dificuldades que se conhecem as pessoas... tempos difíceis e cruéis, estes. Para mim, porém, é tudo muito claro desde Setembro. Desde Setembro! Contudo, pela amostra agora, creio que vai ser aposta para manter, pode é não chegar a reconstruir o que deitou abaixo.

    E a culpa, continuo a dizer, é do presidente, para mais depois da patética aparição de 5ª feira.

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  2. @ Zé Luís

    meu caro,
    seja bem (re)aparecido! :D

    acima de tudo, faço votos para que o nosso treinador «bipolar» compreenda, de facto, o que tem em mãos e que, tal como Vítor Pereira afirmou pouco depois de ter chegado à posição que aquele (ainda) ocupa, «não estrague o talento» que tem naquelas. penso que ainda vai a tempo, apesar da sua teimosia :D

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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