quarta-feira, 16 de outubro de 2013

do que (não) me resta...


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(des)Governo quer arrecadar mais de 50 milhões de euros [M€] com imposto cobrado à banca 
imóveis detidos por fundos imobiliários e de pensões, passam a pagar IMI e IMT (mas só 50%)   
IPSS vão poder receber consignação de IRS relativa ao programa e-factura 
prémio para quem pedir facturas 
(des)Governo mantém IVA de 23% no sector da restauração
aumentam impostos sobre a cerveja e bebidas espirituososas 
aumento de impostos para todos os tipos de tabaco  
verba para rescisões na Função Pública reduzida a menos de metade 
redução remuneratória progressiva entre 2,5% e 12%, com carácter transitório, às remunerações mensais superiores a 600 euros de todos os trabalhadores das Administrações Públicas e do sector empresarial do Estado, sem qualquer excepção 
Funcionários Públicos que aceitem reduzir horário ficam isentos de cortes 
Subsídio de Natal dos funcionários públicos e dos pensionistas pago em duodécimos 
meta de redução de pelo menos 2% de funcionários do Estado 
(des)Governo quer reduzir em 3% número de trabalhadores nas empresas públicas  
médicos contratados podem ser obrigados a estar 3 anos no mesmo serviço
aumento do horário na Função Pública e política de aposentações poupam 153 M€ 
Mantém-se a Contribuição Extraordinária de Solidariedade sobre as pensões 
municípios recebem menos cerca de 70 M€ em relação a 2013  
(des)Governo quer agravar Imposto Único de Circulação para carros e motas a gasóleo 
REN será totalmente privatizada e transportes de Lisboa e Porto concessionados  
Carris, CP e Metro terão os maiores cortes de indemnizações compensatórias
criação de taxa sobre as transacções financeiras, no valor máximo de 0,3% 
(des)Governo aumenta imposto extraordinário sobre o sistema bancário 
crescimento económico previsto para 2014 de 0,8% 
desemprego, em 2014, situar-se-á nos 17,7%  
défice resvala para os 5,9%, em 2013 (superando a previsão da troiKa de 5,5%) 
dívida pública atingirá os 126,6% do PIB, em 2014 (contra 127,8% em 2013) 
subvenções vitalícias suspensas para políticos com mais de 2 mil euros mês ou tenham um património mobiliário superior a 240 vezes o indexante dos apoios sociais 

Orçamento de Estado para 2014 por ministério
- Ministério da Defesa aumenta despesa total em 6,8% face a 2013
(despesa total de 2 138,7 M€, representando um aumento de 6,8% face a 2013) 
- Ministério da Saúde vai ter de cortar mais de 250 M€ na despesa
(diminuirá 9,4% face a 2013) 
- Ministério da Ciência e Ensino Superior com menos 4,1% face a 2013 
- verba para Desporto recua cerca de 8,5% face ao OE para o ano de 2013
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fonte: visão (2013-10-15)


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caríssima(o),

confesso-te que, para lá de apreensivo, revoltado, angustiado, escandalizado, triste, aflito, envergonhado, atormentado, incrédulo, indignado, agitado, perturbado, atribulado, humilhado, silencioso, também estou parco em palavras depois do degradante espectáculo que me foi dado ver, em plena hora de jantar (em família), e que foi a apresentação primária do próximo Orçamento de Estado.
e mais nauseado estou depois de ter considerado que teria o encaixe suficiente para escutar as justificações da actual Ministra das Finanças sobre o verdadeiro saque à descarada no meu parco vencimento mensal para 2014. 
não fui capaz. quando dei por mim, estava a gritar impropérios dirigidos a alguém que não os estava (sequer!) a escutar, a não ser os meus vizinhos. e num tom de voz bem superior, por exemplo, do que aquando de um golo do eterno rival em pleno anfiteatro de sonhos azuis-e-brancos (vade-retro, abrenúncio!).

« a sensibilidade social deve ser medida em função das medidas concretas que o Executivo foi tomando para os mais desfavorecidos »?! 
fo*@-se! não me lixem ainda mais, porr@!


para finalizar este meu desabafo, recordas-te do textinho «vão-se foder»? 
e de como me insurgi aquando da apresentação do Orçamento de Estado para 2013?
infelizmente para todas(os) nós, nunca tais "postas de pescada estiveram tão actuais...



[ peço-te desculpa por mais um (im)pertinente aparte no quotidiano azul-e-branco deste espaço de opinião pública  (excepto para os teimosos dos lampiões que persistem em gravitar onde não são minimamente desejados), mas como reza o adágio popular, "quem não se sente não é filho de boa gente".
aquele conjunto das acções de escrita tão características deste que vos escreve - vulgo testamentos - (nem sempre praticadas todos os dias), e que constituem uma rotina, inclusive para quem o visita por Bem, segue dentro de momentos. ]

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)