quarta-feira, 5 de junho de 2013

da questão colombiana (o seu epílogo) e de outras estórias...


© Google | Miguel Lima (Tomo II)


caríssima(o),

quando andava na Escola Secundária - na "boa vida", portanto -, fui sempre granjeado com a função de Delegado de Turma. na primeira vez porque era o totó da dita; no décimo primeiro e décimo segundo porque, para além de totó, tinha feito um bom trabalho nos anos antecedentes e esperava-se a sua continuidade nos subsequentes. 
e em que consistia esse «bom trabalho»? simples: pura e simplesmente na planificação de um passeio de turma - ou "visita de estudo", como queiram chamar. normalmente o destino era só um: a Capital do Império. convém salientar que estávamos no início da década de '90, ainda não era o tempo das "vacas gordas" do consulado de Guterres e Benidorm e/ou qualquer outro destino do Sul de Espanha, parecia tão longínquo quanto a possibilidade de o Homem enviar uma sonda a Marte.

pode parecer uma idiotice, mas para um puto (totó, convém salientá-lo) de quinze anos, organizar uma "visita de estudo" a Lisboa parecia uma tarefa inconcebível. recordo-me que, só para organizar uma ida de Matosinhos à Baixa, eu e os meus amigos (mas mais eu...) demorávamos uma semana na composição "da coisa": que meio de transporte (bicla? eléctrico? autocarro?), quanto tempo (o dia todo? só a tarde?), se fosse a primeira opção dava para passar nas Antas e ir ver o treino e tentar sacar uns autógrafos?, onde almoçar e com que dinheiro? 
tudo questões pertinentes e que iam muito além das demais de putos com aquela idade (mais interessados em miúdas e/ou jogar futebol e/ou commodore AMIGA. não que essas questões não nos interessassem, mas não passávamos de totós (sobretudo eu...).

assim sendo, transpor para um plano (quase) nacional as dúvidas que nos assaltavam numa viagem local, era de loucos. mas consegui! e por três vezes: no décimo ano, foi viagem de ida e volta no próprio dia (com visita mais demorada à Fundação Calouste Gulbenkian, por causa de uma exposição qualquer); no décimo primeiro já foi de dois dias e uma noite, privilegiando-se o roteiro queirosiano e tendo como bónus uma ida à discoteca Alcântara Mar (muito em voga nessa altura, portanto nada de gozação); no décimo segundo, foram "" três dias e duas noites, com muitos locais visitados - sendo que, dos que me lembro bem, foram o Coconuts e a Anabela (já não era assim tão totó, pelo menos para ela...).
sem querer maçar, lembro-me de planificar os locais a visitar com toda a turma e a colaboração do Director de Turma; ir ao Conselho Directivo entregar o pedido de autorização da visita (com esse frio na espinha e a "mítica" gota de suor a escorrer por ela abaixo); de ir reservar a camioneta à agência de Viagens Terra Nova (passe a publicidade, mas era de facto a que melhores preços apresentava, à época), na... Baixa; de ter que recolher o dinheiro aos colegas (sobretudo aos caloteiros, mas a estes na companhia do Moisés, o "poste" da turma); de ir conversar com os outros Delgados de Turma, das que nos interessava convidar, para nos acompanharem nas "visitas de estudo" (sobretudo das onde sabíamos que havia "helicópteros", no sentido de serem miúdas giras e boas); de passar uma semana inteira a convencer os meus pais; de muita coisa, portanto. quem passou por elas, sabe do que me refiro.

e a que propósito é que trago à colação estas (gratas) memórias?
a resposta encontra-se nos recortes das mensagens abaixo:


(clicar na imagem para ampliar)


ou seja: parece haver um epílogo na questão colombiana.
o nosso clube do coração encontrou forma de fazer uma (espécie de) digressão a dois países onde o interesse no nosso quotidiano é emergente - i.e., a direcção do FC Porto conseguiu uma aberta na agenda da próxima época desportiva e um investidor interessado em suportar o cachet de presença que o clube cobra neste tipo de eventos.
eu confesso que fico feliz com este tipo de notícias, no sentido em que é uma oportunidade de se poder internacionalizar a marca "Futebol Clube do Porto". infelizmente ainda estamos a anos-luz de distância do trabalho feito pelos grandes "tubarões do futebol europeu" - os quais "preferem" uma ida (lucrativa) a países asiáticos -, mas já é um começo. e uma aventura que se saúda e à nossa dimensão, convém salientá-lo.

e, de facto, realço a questão da dimensão, da grandeza e do grau de potência do nosso clube do coração, mormente se comparado com o daqueles "tubarões", pois lamentavelmente há quem seja dado a reflexões profundas sobre o mesmo assunto e o esqueça, ao ponto de escrever
«  
Quando o potencial real de projecção se perde, a equipa viaja?  
Alguém realmente tem um sentido de 'timing' tremendo no Estádio do Dragão...  
» 

não vou perder muito tempo com este tipo de crítica (destrutiva, leviana e maldizente).
«apenas e só» referir que é (também) contra este tipo de apoio que me insurgia na passada Segunda-feira,  e ao desafio lançado.
e, já agora, que, mais do que indagar o portismo de cada um de nós (atitude que não pretendo, de todo!, fazer nem é esse o meu propósito), questiono a permanente dúvida que assiste a alguns de nós sobre as decisões tomadas pela Direcção do nosso clube do coração e com mais de trinta anos de experiência - nesse sentido esquizofrénico de criticar por se fazer algo e criticar por não se o fazer...
(e, já agora, é só para afirmar que o meu treinador preferido para orientar o meu cube de sempre é... aquele que o nosso grande presidente e quem o acompanha há mais de trinta anos, decidirem que tem o perfil indicado para tal.)


para finalizar, eis uma imagem que resume o que de melhor poderemos encontrar na Colômbia:



© Google | Miguel Lima (Tomo II)
(clicar na imagem para ampliar)



é claro que não sou totó e sei que "belezas naturais" na Colômbia, como a Sofia Jaramillo (com um apelido muito próximo de "vira-milho").
mas esse é um assunto a abordar noutra ocasião, «penso eu de que».


post scriptum calimero:


«
naquele encontro, quando o Presidente do spórtém, no âmbito institucional e por normais princípios de urbanidade, se preparava para cumprimentar o representante máximo da delegação adversária, este assumiu uma conduta inqualificável, de total desrespeito pela instituição "spórtém", com cenas lamentáveis que de imediato mereceram o devido repúdio e uma resposta cabal por parte dos dirigentes do spórtém.
»
fonte: spórtém (2013-06-05)
psos negritosos itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade.


está certo...
cortaram relações com base numa «conduta inqualificável, de total desrespeito pela instituição "spórtém"».
li bem, não li? «conduta inqualificável» e «total desrespeito pela instituição "spórtém"».

pois...
então o gajo, antes, manifesta uma «conduta inqualificável» de «total desrespeito» pela instituição "Futebol Clube do Porto", insultando-nos com uma inusitada referência a «fruta», e nós temos que ser os banan... os morcões de serviço, e ainda por cima sermos "obrigados" a cumprimentá-lo.
só faltava dizer, após o "tal" aperto de mão de cavalheiros (que felizmente não aconteceu):
" muito obrigado, bruninho, pelas palavras sobre a fruta e tal. estiveste bem, pá. também queres um rebuçadinho? ou és mais pepinos? "

tenham lá a santa paciência...
e até parece que nem vou dormir direito esta noite...


somos Porto!, car@go!  
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

beijinhos e abraços sempre! muito portistas!
Muito Obrigado! pela tua visita :)


2 comentários:

  1. E o treinador, já se saberá nos meandros quem é?

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  2. @ Magro

    nos meandros, não sei porque desconheço.
    na SAD do nosso clube do coração não tenho a menor dúvida de que já estará decidido.

    teremos que aguardar pelo dia 12 de Junho :D

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

    ResponderEliminar

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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