segunda-feira, 29 de abril de 2013

(mais um) e-mail aberto a Vítor Serpa



  © Google | Miguel Lima (Tomo II)
(clicar na imagem para ampliar)


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ex.mo senhor
Vítor Serpa
(director do pasquim da Travessa da queimada),


como deverá saber, desde Maio de 2012 - momento do meu primeiro e-mail -, o meu nome é Miguel Lima e sou um fervoroso adepto do Futebol Clube do Porto

na defesa intransigente dos interesses do meu clube do coração desde que me conheço (pertenço à colheita de 1975...), sou administrador de um blogue afecto a tal causa, desde Julho de 2008, o qual já vai na sua segunda edição e possui um razoável número de visitas diárias (cerca de meio milhar por dia). é um número que em nada se compara, por exemplo, a outros sítios de referência nesse "maravilhoso mundo que é a bluegosfera, ou até à página 'on line' do seu pasquim vermelhusco, mas que me deixam muito orgulhoso. 
por diversos motivos, desde aquela data, sou um seu "fiel" leitor, e sigo os seus editoriais com particular interesse, dispensado-me a comentá-los naquele espaço de discussão pública e sempre que a Razão assim me assiste. a última vez que o fiz foi a 11 de Fevereiro último, como certamente estará recordado - pois que, como saberá, fá-lo-ei sempre que sentir que o meu portismo é ofendido nos editoriais e/ou artigos de opinião que o sr. assina.
hoje, Segunda-feira, início do dia 29 de Abril de 2013, vou repetir aquele gesto, novamente num e-mail que não será redigido "a medo" e sem procurar ter cuidado com as palavras - o que não significa ser deselegante e/ou mal-criado (pois não foi essa a educação que recebi dos meus progenitores).
reportar-me-ei ao seu escrito deste último Sábado, sob o título "o sistema é um teatro de fantoches".

a actual época desportiva começa a vislumbrar, na linha do horizonte, o seu epílogo e já se (pres)sente uma (in)contida euforia na massa adepta do 5lb, que só ainda não encomendou as faixas de novel campeão nacional... porque há um outro potencial candidato à sua conquista, que se encontra (pelo menos) matematicamente na luta pela conquista daquele título, e que dá pelo nome de Futebol Clube do Porto.
é um facto que convém registar, salientar e ter sempre presente no percurso desta mensagem.
vai-me desculpar a seguinte afirmação (que poderá estar errada, só que não o creio), mas enquanto leitor assíduo da (em tempos) "bíblia do desporto", aquele estado de euforia também se evidencia na redacção do jornal com sede na Travessa da Queimada (um nome de rua/travessa que sempre achei curioso) - pelo menos desde o empate que o meu FC Porto concedeu, em pleno Estádio do Dragão, ante o Olhanense (a 10 de Fevereiro).
a partir daquela data, as notícias acerca do quotidiano dos dois clubes em disputa pelo ceptro de campeão inverteram-se e, o que até então parecia evidente (o FC Porto a praticar bom futebol, a par dos
coisinhos da agremiação de Carnide, mas com este uns "furos" mais abaixo e na minha perspectiva) já mais não o foi. e, essa inversão, a meu ver, agudizou-se ainda mais com a eliminação (para mim, precoce) do meu clube do coração da presente edição da 'Champions', e a permanência do clube da águia na luta pela conquista da Liga Europa.
e, sim!, facilmente se depreende que corroboro as mais recentes declarações do treinador da equipa principal de futebol do meu clube de Sempre, na antevisão do jogo ante o Vitória de Setúbal.
serve esta (longa) introdução para colocar um ponto de ordem na actualidade futebolística nacional e no que aos dois primeiros classificados do campeonato diz respeito.
acontece que o meu propósito em lhe enviar esta missiva não é para o parabenizar (sequer à esmagadora maioria dos profissionais que trabalham no seu órgão de comunicação (bem mais do que) oficioso do 5lb) pela conquista de um título que ainda não aconteceu; aliás, nem assim poderia ser, pois que o sr. Vítor Serpa é adepto do Belenenses.
o que nos traz aqui são as seguintes linhas, daquele seu artigo de opinião, referido anteriormente:

« o mal do FC Porto ter vindo a público assumir, de forma tão exuberante, as dores do zbórding e atacar o 'sistema' da arbitragem é o de que, como diria, noutro tempo, um histórico dirigente do zbórding, "não tem moral nem para estar calado".
é, de resto, evidente que, nem Pinto da Costa, nem Vítor Pereira, estejam a falar da necessidade de revolucionar esse famoso sistema que, no fundo, nunca foi, nem mais nem menos, do que seguir, pela promiscuidade e o conluio, entre o compadrio e a incompetência técnica, uma lógica de favorecimento de um poder
'lobista' e articulado »
portanto e se bem depreendo daquelas palavras, o sr. considera que o FC Porto - parte legitimamente interessada no desfecho do último 'derby' da Segunda Circular, pelo factor apresentado no início desta mensagem - dever-se-ia ter remetido ao silêncio, após o (e em bom Português) autêntico roubo de Capela que aconteceu na catedral do ex-estádio da Lucy - onde um árbitro adoptou um critério tão largo, mas tão largo, que possibilitou a conquista de três preciosos pontos ao clube que foi sistematicamente beneficiado por tais erros clamorosos (quase que grosseiros). curiosamente, ou talvez não, esse clube é o que lidera o campeonato.
e nem me contraponha com o que escreveu em "o futebol de estádio e o futebol de televisão", a 22 de Abril do corrente. sem pretender entrar no plano da discussão dos casos do jogo em apreço, relembro-lhe que o seu jornal ainda não esqueceu a arbitragem de Pedro Proença, no clássico do ano transacto, avivando a memória dos seus leitores com o golo de Maicon em fora-de-jogo e (sempre) sonegando a evidência do duplo
'penalty' cometido por Cardozo uns minutos antes daquele lance - o qual não foi assinalado pelo mesmo árbitro, que se encontrava de frente para o lance, e não vislumbrou a forma como o jogador encarnado, por duas vezes no mesmo lance, "acariciou" o esférico.
repito: face a tal arbitragem do passado Sábado, e no seu entendimento, deveria o meu clube ter-se remetido ao silêncio porque «não tem moral nem para estar calado».
legitimamente pergunto-lhe: e então porquê? porque é que acha que não «tem moral»? gostaria que me elucidasse com os seus argumentos, se possível apresentando factos a comprová-los, pois que não os apresentou no escrito em discussão.
também gostava de saber a sua opinião acerca dos factos descritos na imagem em anexo à presente, sobre o que apelido de « esse emocionante "campeonato dos jogadores advertidos com vermelho directo ou duplo amarelo ou quinto amarelo cirúrgicoao adversário no jogo que antecede o confronto com o clube do mito urbano dos «oito milhões e meio...» por Roberto ».
todos esses factos - até à 23ª jornada do campeonato - aconteceram e têm como fonte de informação as fichas de jogo inclusas no site zerozero.
assim, pergunto-lhe se, para si, é ou não é, evidente que há uma tendência nas arbitragens deste campeonato e que antecederam os jogos dos adversários que (sobretudo) o primeiro classificado defrontaria na jornada seguinte?
e é a este tipo de (como considerar?...) "coincidências" que o sr. afirma, no seu escrito, serem evidências de «
esse famoso sistema que, no fundo, nunca foi, nem mais nem menos, do que seguir, pela promiscuidade e o conluio, entre o compadrio e a incompetência técnica, uma lógica de favorecimento de um poder 'lobista' e articulado »?
por último e acerca dessa mesma «lógica de favorecimento», saberá porventura quem proferiu a seguinte afirmação, transcrita de uma escuta no âmbito do Processo Dourado, que, de tão polémica que foi, o Tempo encarregou-se de a fazer "esquecer" da opinião pública nacional: « Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com 'isto', porque eu estou a fazer 'isto' por outro lado »?

de facto e pelo exposto, concordo com o sr. quando escreve: « na competição desportiva, tal como na competição da Vida, existem cada vez mais desigualdades em Portugal ».
e, mais uma vez, vai-me desculpar quando afirmo que o coiso que o sr. dirige salienta-as a cada edição que publica, contribuindo para tal desigualdade e sempre em favorecimento de um certo e determinado clube, discriminando um outro que que o seu sub-director, num anti-portismo básico e primário, afirma ser «um grande clube regional» - e sempre, mas sempre!, na razão inversa daquele «glorioso» favorecimento.

no fundo e como leitor do seu pasquim, acalento essa utopia de pretender que, num futuro próximo, o seu jornal adopte uma postura de tratamento jornalístico coerente para com todos os clubes nacionais, que não só em relação aos (ditos) "clubes grandes" - zmerding incluído neste último lote.
tenho para mim que seria uma forma interessante de contribuir positivamente para o desvanecer daquela desigualdade e, também, de, com a adopção de uma postura de seriedade jornalística, combater o tal «teatro de fantoches» a que o seu texto alude.


para finalizar e assim concluo, sei bem, do último e-mail que trocámos, que o sr. não comenta as suas próprias opiniões por considerar que « não faria sentido opinar sobre opiniões respeitantes às minhas próprias opiniões ».
e também sei que "isto" mais não é do que um desabafo de alguém que gosta de Futebol e é indefectível portista. se comparado, com a situação económica do nosso País, por exemplo, este assunto são "
peanuts"...
como constata, não é isso que pretendo com esta nova mensagem; antes que tenha a amabilidade de responder ás quatro questões concretas que lhe endereço, baseadas não só no seu escrito em análise, mas também na realidade factual dos recentes acontecimentos do nosso campeonato até à 26ª jornada.



somos Porto!, car@go! 
«
este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»! 
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs!
o administrador do Tomo II
Miguel Lima
»

post scriptum


1)

João, nem pensar em considerar que estou a querer "imitar-te".
o teu blogue é único pela sua originalidade, ok?

2)

duas imagens para memória futura:



(clicar na imagem para ampliar)


 
(clicar na imagem para ampliar)




4 comentários:

  1. Mais uma missiva destinada ao caixote do lixo.

    Pensar que algum dia gente sem escrúpulos tenha, um pequeno que seja, rebate de consciência, é pura ingenuidade.

    Cá por mim, há muito que deixei de ligar a gentalha dessa estirpe e comprar-lhe os jornais não é mais que alimentar a mentalidade alienada.

    Um abraço

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  2. A Bola que trato carinhosamente por panfleto da queimada ou esterco da queimada, é o exemplo acabado do olha para o que eu digo, não para o que faço. Um jornal, salvo raras excepções, de gente que se prostitui quantas vezes for necessário para vender papel e vender papel para aquela gentalha, significa Benfica e só Benfica. Como não tenho o teu fair-play, trato-os abaixo de cão. Isto é, como merecem.

    Abraço

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  3. Boa Tarde Miguel,

    Uma pergunta: Acredita mesmo que o Vitor Serpa é do Beleneneses?

    Cumprimentos.

    António Sá.

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  4. caríssimos,

    obrigado! pela vossa visita e pelas vossas palavras!
    (e desculpem-me por só responder agora, mas ainda estou um pouco "enferrujado" :D )

    @ Rui Anjos
    eu sou um romântico de um «ingénuo» :D
    (mas paulatinamente começo a acordar para a Realidade)

    @ dragão Vila Pouca
    a (em tempos) "bíblia do desporto" actualmente não é «um jornal», mas sim um pasquim.
    e como também acredito que, por aquela redacção, se prostituem para vender para (pelo menos) seis milhões de carneiros, então não são jornalistas: são autênticas senhoras de profissão duvidosa (no sentido em que ninguém duvida que o são :D)

    ps:
    obrigado! pelos reencaminhamentos :D

    @ António Sá
    bem-vindo! e obrigado! pela questão colocada.
    obviamente que acredito que o sr. em causa é tão belenense como eu sou boavisteiro.
    agora, ele é que o afirma, em longo artigo de opinião. mas é certo que a sua cor nunca será o azul, assim como o seu coração baterá sempre por algo (bem) mais «glorioso».

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    abr@ços a «ambos os três» :D
    Miguel | Tomo II

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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