segunda-feira, 16 de abril de 2012

«por onde andavas a 29 de Janeiro de 2012, à noite?»

© Miguel Lima (Tomo II)

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[...]

2)
Sobre Barcelos.
Dizer que o que se passou é "simples":
após uma exibição ridícula, que poderia ter posto em causa toda uma época, vários adeptos "anónimos" do clube - gente que pagou bilhete, combustível e portagens para lá estar -, exerceu o seu direito de manifestar desagradado por aquela exibição.
O "gang" [Palito, Cebola e Otamendi], passou junto destes adeptos, entrou no autocarro portista, correu as cortinas da mesma e, de lá de dentro, começou a ver quem eram os adeptos que estavam a contestar. Ora, como não se tratavam de elementos radicais das claques, mas sim de comuns sócios que empunhavam o cartão de sócio, eles sentiram que estavam em superioridade física, e vai daí saem do autocarro tentando agredir esses mesmos adeptos.

3)
Ainda sobre Barcelos.
Dizer que tudo isto só piora ainda mais a atitude do "gang", pois manifestamente foi um acto de cobardia.
Se quem estava a contestar fossem os adeptos mais radicais do clube, acham que eles sairiam de dentro do autocarro? É claro que Não! Fariam como quando chegaram de Coimbra, depois da eliminação para a Taça de Portugal, em que estiveram uma hora dentro do estádio para de lá saírem. Mas, desta vez, como era um "outro tipo de adeptos", aí os artistas já se armaram em "rambos"!

4)
Para finalizar o tema Barcelos.
Dizer-se que as pessoas deveriam ter ido embora, é uma opinião totalmente respeitável como qualquer outra, mas por isso mesmo fica também a minha:
se todos pensassem dessa forma, se não tivessem uma postura activa e interventiva no clube, estaríamos agora a discutir o terceiro lugar com o Sporting e com o Marítimo.
Emitirmos opiniões desde o conforto do nosso sofá, do calor da nossa casa, é bastante simpático. Mas os clubes fazem-se da mole humana que os acompanha, que os incentiva e que lhes cobra o que está mal. E se havia dia em que deveria haver cobrança, sem dúvida esse era um desses dias.

5)
Sobre a lesão de Djalma.
Limitei-me a dizer que foi o Cebola que o lesionou. Não sei onde alguém leu que eu disse que tinha sido uma atitude premeditada.
Agora, mais grave do que lesionar um colega num treino é, quando abordado por um outro colega [João Moutinho], ainda o tentar agredir ao invés de reconhecer o excesso e pedir desculpa ao colega lesionado.

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autor: "Norte"
fonte: bibó FC Porto car@go
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade



caríssima(o),

para lá do recordar de um episódio lamentável que aconteceu há um ano - que deveria envergonhar quem o protagonizou (mas que, ao contrário, ainda hoje dele faz orgulhoso alarde) e que, por isso mesmo, eu não mais o esquecerei -, o tema exposto na citação acima é, para mim e no meu entendimento, (também) demasiado importante para poder deixar passá-lo em claro.

tive conhecimento do dito quando "tropecei" numa pergunta (de retórica?) num post do Alex F., administrador do (muito nosso) "Azul ao Sul". curioso como sou, também me dei ao trabalho de consultar a fonte - a  "posta de pescada"® do "Norte", no "bibó FC Porto car@go". e ainda encontrei informação suplementar no "Reflexão Portista".

bem sei que o momento actual deverá ser de União em prol de um colectivo que (ainda) nos traz alegrias e de um clube que, dos seus adeptos indefectíveis, merece (sempre) o seu melhor. aliás, prometi-o ainda não há muito tempo. e tenho a perfeita noção que, ao trazer à baila este assunto, não estou a desconsiderar aquelas minhas palavras, nem a pretender (re)erguer "fantasmas" onde eles não deveriam existir. mas, depois de (re)ler aquele comentário, não poderia ficar indiferente ao seu teor - que tenho por verdadeiro, por saber da fiabilidade da fonte. é que, tal como para ele:
«  
para mim, a história do FC Porto não reza sobre grandes vedetas de qualidade individual acima da média, mas sim de homens com garra e determinação, capazes de ultrapassar quaisquer dificuldades em nome das nossas cores e do nosso brasão, pelo que desprezo os que, por muito bons que sejam, não sabem honrar os nossos valores.
»

ou seja:
i) fica assim bastante claro o porquê de algumas dispensas no último mercado de Inverno (e mesmo que com um certo prejuízo no campo de jogo, com benefício imediato para um balneário salutar).
aliás, atente-se nas declarações recentes de Guarín e de Belluschi para se perceber melhor o que não se pode afirmar com toda a frontalidade;
ii) aguardo pelo seu desenvolvimento final (e irreversível), i.e., de que o dito "gang" esteja a cumprir a sua última época envergando as cores do meu clube do coração;

iii) faço votos para que Vítor Pereira também siga a recomendação (pertinente) de Rui Moreira, na sua última crónica:

 © abola


em suma:

aprendi desde muito novo que, no nosso Clube, não há contemplações para com comportamentos (no mínimo, infelizes) como estes, venham eles de quem vier. recordar-me-ei sempre do que aconteceu com o bi-bota Fernando Gomes e do episódio com o meu ídolo Vítor Baía.
o caso de Barcelos, por envolver confrontações (directas) com adeptos e associados do clube, não deverá ser encarado como "mais leve" e/ou "mais defensável" e/ou "com atenuantes" por parte da direcção do clube.

beijinhos e abraços (profundamente tristes)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)