sexta-feira, 27 de abril de 2012

da educação do teu umbigo...


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Inspecção-Geral da Educação e Ciência

NID: S/03459/RL/12
NUP: 10.09/00698/RL/12

Exmo. Senhor Eduardo Mascarenhas,

Venho informar V.ª Ex.ª de que, tendo por base a informação disponibilizada pelo Senhor Director, nomeadamente a que foi sintetizada no mail infra, foi arquivada a sua queixa por a actuação da Direcção da Escola não merecer censura jurídico-disciplinar.

Com os melhores cumprimentos.

Pel’IGEC (Área Territorial de Lisboa e Vale do Tejo)
Pedro Teixeira Pinto

Inspeção-Geral da Educação e Ciência (Lisboa e Vale do Tejo)


NID: E/07464/RL/12

Data de registo: 2012-04-23

De: ebantoniobentofranco@aeericeira.net
Enviada: Segunda-feira, 23 de Abril de 2012 15:07
Para: Manuel Joaquim Lopes Ramos (IGE)
Assunto: Exposição/queixa de Eduardo Nuno Barros Mascarenhas

Exmº Sr Inspector,

Relativamente ao exposto pelo sr. Eduardo Mascarenhas, temos a informar do seguinte:

1.
O verso aposto no final da cantiga infantil “Atirei o Pau ao Gato” não foi da autoria da educadora, sendo uma prática comum a outros jardins de Infância e surge, de forma espontânea, numa brincadeira de rimas tão frequente entre crianças desta idade, destituída de qualquer valor simbólico que os adultos lhe tenham querido atribuir.

2.
Em nenhum momento, no Jardim de Infância, se fala de futebol ou de algum clube em particular, nunca tendo a educadora assumido, perante os alunos, qualquer preferência clubística.

3.
O Jardim de Infância de Santo Isidoro é um espaço onde os seus profissionais se dedicam às crianças, à promoção do seu bem-estar, no respeito pelos princípios do Rigor, da Isenção, da Justiça e da Equidade.
Nunca esteve em causa o normal funcionamento das actividades ou existiu alguma perturbação nas relações e brincadeiras entre as crianças.
No entanto, as várias intervenções do Encarregado de Educação supra, na sala de actividades, manifestando de forma alterada a sua opinião relativamente à cantiga, levou a que o grupo crianças se sentisse assustado.

4.
A educadora não teve intenção de pôr a filha contra os pais, mas tentar que o assunto ficasse encerrado para que o Encarregado de Educação não continuasse a acusá-la de cantar várias vezes ao dia esta cantilena.

5.
A Subdirectora do Agrupamento, educadora Belmira Oliveira, quando se dirigiu ao Jardim de Infância, no dia 20 de Março, para se reunir com sr. Eduardo Mascarenhas, foi no sentido de ouvir e resolver este conflito antes da reunião de pais e para evitar confrontos verbais com os outros pais, que se mostraram indignados com a atitude do sr. Eduardo Mascarenhas.
No entanto, não foi possível chegar a um entendimento, já que o Encarregado de Educação não aceita como justificação o já exposto no ponto 1.

Face às acusações por parte do Encarregado de Educação, sem fundamento, a docente terá dito ao pai que, estando ele a valorizar uma cantilena como tantas outras que existem, que o melhor seria procurar um Jardim de Infância que fosse ao encontro das suas expectativas, como Encarregado de Educação, mostrando assim que, quando o fizesse, dificilmente o iria encontrar.

Com os melhores cumprimentos.

O Diretor
Alfredo Carvalho

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fonte: faceboKas®
ps: os negritos, os itálicos e os sublinhados são da minha responsabilidade


caríssima(o),

recordas-te da cantilena de Ericeira?
pois bem: aquela é a justificação do Agrupamento de Escolas em causa, à pretensão do Encarregado de Educação em que, na dita cantilena, não mais vigore o verso com forte cariz lampiónico - violando descarada e despudoradamente os artigos 2º (Estado de direito democrático) e 13º (Princípio da Igualdade) da Constituição da República Portuguesa.
assim, "gostei" sobretudo da posição de força da educadora em causa e do fundamento para o arquivamento da queixa: «por a actuação da Direcção da Escola não merecer censura jurídico-disciplinar»...

sem me querer alongar neste triste caso - mais um que envergonha quem (não) trabalha em prol da Educação deste "rectângulo à beira-mar (im)plantado"® -, seria porventura bem mais produtivo que os seus (ir)responsáveis lessem a resposta de Óscar Mascarenhas, provedor do Diário de Notícias, a um pedido de esclarecimento sobre o caso em epígrafe.
dela retive o seguinte argumento, em contra-ponto com o que defende o caríssimo Fernando Moreira de Sá, no (muito portista) "bi-tri":

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[...]

Sobre o "viva o Benfica", começo a pensar que as pessoas estão, de facto, muito doentes.
Que se grite "viva!" a todos os clubes, que é isso o pluralismo e a tolerância.
Que os/as educadores/as cantem o "gato", com "não mordeu" e não com "não morreu".
E, se querem gritar vivas, ponham os meninos e meninas a gritar vivas a todos os clubes que eles queiram.

Não atirem paus a gatos e não atirem paus a clubes. Deixem viver os gatos; deixem viver os clubes.

Não podia imaginar que uma canção tão parvinha como a do "gato" fizesse despertar o vulcão de estupidez e obscurantismo a que assistimos!

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beijinhos e abraços (envergonhados)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)