domingo, 9 de outubro de 2011

portismo: Fernando Couto


© Google


caríssima(o),

para mim é indubitavelmente um dos jogadores mais carismáticos que já envergou as nossas cores e numa altura em que os nossos equipamentos eram lindos, não só pela simplicidade que a Adidas™ emprestava mas também (e sobretudo) pelo patrocínio umbilical de sempre. outros tempos, outras vontades.

a primeira memória que guardo dele é a dos seus festejos junto aos adeptos que se encontravam na Superior Norte, no (saudoso) Estádio das Antas, na consagração do título da época 1992/1993. foi num jogo contra o Marítimo, com o estádio a rebentar pelas costuras, que ele (literalmente) abriu as hostilidades com um petardo (aos 4'25'') que só se anichou nas redes defendidas pelo jovem Bizarro. impressionante o remate e o facto de o nosso Fernando só ter parado nas redes da velhinha vedação a exultar por um amor comum. eu sei bem do que escrevo, pois estive lá e fui um dos que esteve com ele nesse momento, que guardarei para sempre.

mas, escrever sobre Fernando Couto a defender as cores do nosso clube é recordar os momentos mais calientes com Carlos Mozer. para mim, as hostilidades começaram num jogo contra a agremiação de Carnide, a contar para a segunda-mão da Supertaça Cândido de Oliveira 1992/1993. no jogo da primeira mão tínhamos perdido por 1-0 no Estádio da Luz - e numa altura em que esta não era desligada nem o sistema de rega accionado para se celebrarem vitórias dentro do campo. no encontro em apreço, devemos a Vinha o facto de termos que disputar uma finalíssima, cuja partida viria a acontecer apenas na época seguinte e ganha por nós na lotaria dos penalties (e graças a três defesas espantosas de Vítor Baía, que evitaram golos vermelhos que poderiam ter sido decisivos).
regressando ao jogo em apreço, já perto do seu final houve um sururu entre os dois. na altura não havia os meios tecnológicos de hoje, mas veio-se a saber que tal se deveu a uma retribuição do jogador portista pelo abraço caloroso do brasileiro no encontro da primeira-mão, documentada na imagem que se segue:


© um sítio rasca | um pasquim


esta guerrinha que apimentava os encontros ante os lampiões, teve o seu epílogo num jogo de má memória para as nossas cores, na temporada de 1993/1994, e onde ficaram (tristemente) célebres as seguintes palavras pelo as antecedeu:



© um sítio rasca | um pasquim


é igualmente memorável o vídeo da conferência de imprensa de sir Bobby Robson, pela frontalidade de um Homem, de um Senhor do Futebol Mundial, que conseguiu desarmar um dos adeptos que mais sofreu com a conquista encarnada no fim daquela época: eu.

todas estas memórias assaltaram-me o espírito depois de ter lido a entrevista de Fernando Couto ao pasquim da Travessa da Queimada, na edição passada Sexta-feira, e depois de ter lido as seguintes palavras:

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© abola


da entrevista em si, a antever o encontro da Selecção e a homenagem de que foi alvo pela UEFA, só tenho pena que aquela tenha sido conduzida por "jornalistas" de um pasquim Lisboeta - pelo que não houve a publicação de muitas referências ao seu passado azul-e-branco.


beijinhos e abraços (defensivos)!
e Muito Obrigado! pela tua visita :)



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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)